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12 Princípios básicos de hierarquia visual que você precisa saber

Escrito por Samantha Lile
Publicado em jun 01, 2023
12 Princípios básicos de hierarquia visual que você precisa saber

Se você quer criar designs de alta qualidade e que sejam extremamente agradáveis para o seu público, então você precisa conhecer algumas regras básicas relacionadas à hierarquia visual. 

A hierarquia visual é um método de organização de elementos de design em ordem de importância. Em outras palavras, é um conjunto de princípios que influenciam a ordem em que percebemos o que vemos.

Podemos descrever a hierarquia visual como um método de organização dos elementos de design que compõem uma criação. A hierarquia visual tem como objetivo a organizar em níveis de importância os elementos visuais que serão utilizados no design. 

A hierarquia visual faz parte de um conjunto mais amplo de elementos organizacionais que podem ser usados para potencializar o engajamento, a legibilidade, o tempo de permanência na tela e a compreensão geral de um design.

Os conceitos de hierarquia visual são geralmente aplicados como elementos de apoio para potencializar a eficiência da arquitetura da informação que foi desenhada para uma peça de design específica ou para qualquer outro tipo de criação, seja ela digital ou física.

Neste guia, vamos te apresentar 12 princípios básicos de hierarquia visual que qualquer pessoa que trabalha com design ou produção de conteúdo precisa saber.

Esta vai ser uma jornada cheia de informações, então vamos direto ao ponto! 

 

Índice

 

O que é hierarquia visual?

A hierarquia visual é um princípio de design que busca determinar e organizar como os elementos visuais são organizados em um design. A hierarquia visual ajuda os designers e desenvolvedores a dispor de cada elemento visual de uma maneira lógica. 

Essa organização leva em consideração os aspectos relacionados a Arquitetura da Informação que foram definidos para o Projeto e buscam sempre criar um design mais lógico, compreensível e que maximize a experiência de consumo do público alvo do design.

Em outras palavras, podemos explicar essa relação, entre a arquitetura da informação e a hierarquia visual, da seguinte forma: a arquitetura da informação determina a sequência lógica dos dados que são apresentados e a hierarquia visual determina quais informações precisam ser destacadas. 

Em um design, isso significa que o cabeçalho estará no topo e receberá uma fonte maior, com cada elemento subsequente dimensionado com base na importância que ele possui dentro da arquitetura da informação. 

Essa organização de informações e de elementos visuais torna o conteúdo mais palatável e compreensível e também ajuda o leitor a compreender melhor qual é a sequência que ele precisa seguir enquanto consome aquele conteúdo. 

A razão que faz com que a hierarquia visual seja um princípio tão importante e que precise ser entendido por qualquer designer ou criador de conteúdo se dá pelo fato que ela é responsável por criar uma experiência de consumo onde o leitor não precise pensar sobre qual é a próxima seção do texto que ele precisa ler. Esse processo deve ser automático e cabe exatamente a hierarquia visual criar esse fluxo.

Como esse é um assunto super importante, nós também criamos uma versão em vídeo desse post especialmente para aquelas pessoas que preferem aprender com tutoriais. Se você quiser dar uma olhadinha nesse conteúdo, pode fazer aqui em baixo:

 

1 O tamanho dos elementos impacta a visibilidade

A side by side of a scuba diver next to a whale in two different sizes.

Quanto maior, melhor! Certo? Bom, embora esse seja um ditado super conhecido, ele ainda é bastante controverso e pode ter sentido em algumas circunstâncias e pode não ter sentido em outras. Mas uma coisa é inegável, o tamanho dos elementos da hierarquia visual de um design é ferramenta mais eficiente para se enfatizar a importância de uma determinada informação. 

Já que os elementos maiores chamam mais atenção do que os elementos menores. Simples assim. 

E é exatamente por isso que as manchetes dos Jornais recebem aquelas fontes super dimensionadas e é pelo menos motivo que os cartazes de promoção sempre possuem a boa e velha OFERTA em caixa alta e com uma cor super chamativa. 

Ao utilizar elementos super dimensionados em um design, e não importa se eles são elementos textuais ou visuais, eles ganham um destaque muito grande e consequentemente, uma maior atenção por parte de quem está lendo ou consumindo aquele design.

Podemos usar essa imagem aqui em cima como um ótimo exemplo. Você percebeu que a palavra "Cracking" é a mais destacada? É claro que percebeu, é impossível não perceber e esse é o real objetivo por trás desse design. 

A palavra "Cracking" também é mais emotiva e a palavra que tem um maior poder de fazer com que os leitores se conectem emocionalmente com o que estão vendo. Ela capta e prende a atenção de quem bate o olho nessa imagem. Embora a palavra "Performance" também seja importante, 

Outro princípio importante relacionado a este conceito é a escala, que é o tamanho de um objeto em relação a outro. Se usarmos um único objeto, não importa o quão grande ou pequeno ele seja, ele não terá escala até que seja comparado com outro recursos visuais. 

E é exatamente essa comparação que nos permite criar equilíbrio em um design e aplicar uma determinada ênfase nos elementos mais importantes. Em outras palavras, quanto maior a escala, maior a ênfase dada a um determinado elemento visual.

 

2 Perspectiva para criar a ilusão de profundidade

Two illustrations, one eye-level to the character and the other from a bird's eye view.

Ao aplicar corretamente as técnicas de perspectiva, os designers podem criar uma ilusão de profundidade que pode variar de alguns centímetros a vários quilômetros. Esse é um dos momentos em que a arte imita realmente a vida, já que nós nos pegamos admirando essas ilusões de profundidade o tempo inteiro em nossas vidas.

Temos a tendência de perceber objetos maiores como se estivessem mais próximos do que objetos menores e, portanto, eles geralmente prendem nossa atenção antes de qualquer outro objeto num design.

Por exemplo, se pararmos para analisar a ilustração de uma estrada, geralmente vamos perceber a área inferior como se fosse mais larga e gradualmente ela ficará mais estreita quanto mais ela se estender pela tela. Da mesma forma, um objeto mais próximo do espectador sempre passará a impressão de ser maior do que o mesmo objeto estando mais distante.

Ao utilizar a perspectiva adequada, podemos empregar efeitos de escala e proporção para comunicar com precisão a distância apropriada. Um desenho de um trecho de cinco milhas de estrada terá um recuo muito mais acentuado do que um trecho de meia milha desenhado na mesma tela e com o mesmo tamanho.

 

3 Cores em contraste para chamar a atenção

A side by side illustration of icons all the same color versus one icon of a different color that stands out.

Da mesma forma como damos uma maior importância para elementos visuais maiores, em comparação com elementos menores dentro do mesmo design, também temos a tendência de dar mais importância para os elementos que possuem cores mais fortes e brilhantes, quando comparados com elementos visuais com cores mais opacas. 

Por exemplo, se uma única frase em um bloco de texto é destacada com uma cor brilhante, ela imediatamente chamará mais a atenção dos leitores. 

A screenshot of a colorful web page by Spotify where the text stands off the page.

Spotify os encontrou primeiro

Vamos analisar este design aqui em cima. Você percebeu que os elementos que possuem cores naturais chamam muito mais atenção quando estão destacados com as cores Neon?

Esse esquema de cores é conhecido como Duotone, uma tendência de design cada vez mais popular. Esse efeito, que sobrepõe um par de cores contrastantes sobre uma foto, dá ao design a impressão de que as cores saltam da tela em direção ao espectador. 

Cores dramaticamente contrastantes também podem enfatizar elementos específicos num espectro de cores mais suaves. Por exemplo, colocar um objeto vermelho contra um fundo verde ou preto chamará mais atenção do que se o mesmo objeto vermelho estivesse posicionado sobre um fundo laranja ou roxo.

As combinações de cores usadas em um design e como elas se relacionam entre si são conhecidas como seu esquema de cores. A escolha do esquema de cores de um design pode criar unidade, harmonia, ritmo e equilíbrio numa criação, mas também pode criar contraste e ênfase.

Um design que usa muitas cores contrastantes, pode acabar dando a impressão de ser um design desorganizado e incoerente. O mesmo pode ser dito de designs que usam um esquema de cores que não trabalha com a teoria das cores. Mas escolher a melhor paleta envolve muito mais do que escolher aleatoriamente uma combinação monocromática, complementar ou tetrádica.

As cores semelhantes podem ser usadas para agrupar elementos que se relacionam num design, e a escolha da cor pode até sugerir peso e distância. Cores mais quentes, como vermelho e amarelo, avançam para o primeiro plano de um design que utiliza um fundo escuro, enquanto as cores frias, como azul ou verde, geralmente recuam para o fundo. 

O oposto ocorre com um design que possui um fundo claro: as cores frias, como azul e verde, parecem mais próximas do que as cores quentes. E isso não é teoria, é ciência, afinal de contas, é assim que o olho humano percebe as cores. 

A graphic showcasing the best colors to use on light and dark backgrounds.

Gráfico de profundidade de cores

Portanto, a escolha das cores de um design pode afetar a capacidade dos espectadores de identificar uma figura no fundo de um design. E da mesma forma, misturar cores quentes e frias pode criar profundidade, assim como as técnicas de perspectiva.

Combinações de cores eficientes e bem elaboradas não dependem apenas da posição de cada matiz na roda de cores, mas também do seu calor e do contraste com as cores circundantes. 

Quer entender um pouco mais sobre isso? Então não deixe de conferir o tutorial que a equipe de designers da Visme criou para te ajudar a escolher esquemas de cores mais eficientes e impactantes.

 

4 Use as fontes para organizar seu design

Two examples of a business card with text, one with noticeably more understandable text sizing.

Vamos pensar em um esboço, pense em um índice tradicional ou um sumário. Geralmente, cada um deles é composto por vários tamanhos de fontes, com títulos principais em um peso maior do que subseções e os detalhes menores. 

É exatamente sobre isso que vamos falar. Usar fontes com tamanhos e pesos variados não só enfatiza as informações mais importantes, mas também te ajuda a organizar o design geral de um documento ou qualquer outro tipo de arte que precise de muitos textos. 

As hierarquias tipográficas podem ser criadas com texto de vários tamanhos, pesos e espaçamento, ou com uma combinação desses elementos. Mesmo que você esteja usando uma única fonte, variar seu tamanho e peso não apenas traz a atenção para os elementos mais importantes, mas também cria uma composição geral que é fácil de ser lida e entendida. 

A flyer with different font sizes, depending on where it's at on the flyer.

Basta imaginar um currículo que usa uma fonte maior e com mais peso para apresentar as referências e uma fonte menor para apresentar o nome do candidato. Essa formatação daria uma impressão muito confusa e também causaria problemas na escaneabilidade do documento, principalmente se esse for um CV digital.

Da mesma forma, um design que apresenta uma série de fontes que possuem o mesmo tamanho e peso não consegue fazer com que os leitores se foquem em um ponto específico do conteúdo, eliminando assim a hierarquização das informações apresentadas. 

E é exatamente por isso que a maioria dos programas de web-design oferecem uma hierarquia pré-definida que consiste em fontes de título, subtítulo e título graduado, além de fontes específicas para o corpo do texto. 

Você viu este design aqui em cima? Ele daria a impressão de ser mais organizado e fácil de ler se todas as palavras fossem do mesmo tamanho, ou ele seria mais legível se os princípios de hierarquia visual das fontes fossem aplicados?

Acho que nem precisamos responder essa pergunta, não é mesmo? 

 

5 O espaçamento dá ênfase e movimento ao design

Two examples of an astronaut in space, looking at the moon, with varying spacing between the subjects.

Regra do espaçamento

Um dos princípios mais básicos sobre as composições visuais, diz respeito aos elementos visuais que você deixa fora do seu design. 

Conforme a regra do espaçamento, um design esteticamente agradável requer uma determinada parcela de espaço negativo livre de elementos. O espaço negativo também é chamado muitas vezes de "espaço branco", mas isso não tem nada a ver com a cor do plano de fundo do design. O espaço negativo é basicamente um espaço do design que não possui nenhum recurso visual. 

Quando organizamos os elementos de uma composição, podemos usar os espaços negativos ao redor dos elementos visuais em destaque para chamar ainda mais a atenção para aquele elemento específico.

Por exemplo, vamos pensar em único elemento disposto em um fundo branco. Todo esse espaço negativo em torno desse elemento destaca ainda mais a importância dele. Podemos usar como um exemplo muito claro, o logo da FedEx, que é basicamente a palavra "FedEx" disposta em um fundo branco, simples, mas ainda sim muito chamativo. 

Usar os espaços negativos de maneira estratégica pode ser uma grande oportunidade para atrair a atenção dos espectadores e direcionar seu comportamento numa determinada página e até mesmo direcionar uma sequência lógica de ações. Em outras palavras, podemos dizer que usar corretamente os espaços negativos pode funcionar como uma espécie de CTA subjetivo. 

 

Padrões de escaneabilidade de páginas

Os leitores tendem a escanear as páginas de um conteúdo com base em padrões particulares, que podem ser descritos pelos seus movimentos oculares. Quando um designer quer que o público perceba os elementos de uma página ou de um design em uma ordem específica, eles geralmente recorrem aos padrões mais comuns de escaneabilidade, que podem variar conforme o idioma e a cultura do leitor. 

A grande maioria dos leitores do mundo ocidental, leem seguindo um padrão que vai da esquerda para a direita. E é exatamente por isso que os padrões de escaneabilidade utilizados para conteúdos destinados a este público alvo buscam, quase sempre, atender e se encaixar nesse padrão de organização do conteúdo.

Por outro lado, os padrões de escaneabilidade dos falantes de árabe, por exemplo, são invertidos. Ou seja, eles seguem um padrão de organização do conteúdo que vai da direita para a esquerda. 

Por isso, é importante que um designer conheça muito bem seu público alvo e tenha a capacidade de compreender quais são os padrões de escaneabilidade que seu conteúdo deve seguir.

 

Padrão F

O padrão de movimentação visual mais comum do mundo é o Padrão F. Esse padrão recebe esse nome porque esse é basicamente o movimento que nossos olhos fazem ao ler um conteúdo escrito, ou seja, nossos olhos se movimentam sempre da esquerda para a direita e de cima para baixo, formando um movimento em F.

Devido a essa tendência natural, os designers utilizam geralmente o padrão F ao compor sites e outras ilustrações que dependem muito da interpretação textual. Esse é sempre o caminho mais natural para produzir páginas e conteúdos que envolvam uma carga considerável de leitura. Outros padrões são desconfortáveis e podem se tornar confusos para os leitores.

 

Padrão Z

Já os projetos de design mais baseados em imagens e elementos visuais não textuais, costumam adotar o Padrão de escaneamento Z.

O cérebro humano tem uma capacidade maior para processar informações visuais, quando comparadas com as informações textuais, e por isso os leitores tendem a escanear conteúdo prioritariamente visuais seguindo um padrão que começa no topo esquerdo da página e segue para a direita e depois desce para parte inferior da página em um movimento diagonal que novamente cruza a página seguindo da esquerda para a direita, formando assim um movimento em forma de Z.

Para conseguir um melhor aproveitamento desse movimento e uma melhor percepção de determinados elementos visuais que se encontram em uma composição, você pode destacar certos elementos dispondo eles ao longo desse caminho em formato de Z. 

Podemos usar um exemplo mais prático para representar esse movimento e essa técnica. Vamos pensar em um design que possua um título grande, uma imagem e um subtítulo. Agora imagine como dispor seus elementos para que eles melhor percebidos durante esse movimento em Z.

 

6 A proximidade dos elementos sugere relacionamentos

Two side by side illustrations with characters, one with two on one side and one on the other, and the other with a group of five.
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A proximidade, ou a posição em que os elementos estão dispostos em relação uns aos outros, é um dos elementos mais básicos de uma composição visual. Agrupar os elementos que possuem uma determinada relação entre si, transmite aos espectadores a clara noção de que aqueles elementos estão de fatos relacionados uns com os outros. 

Pense em uma tela branca com um grupo de cinco pontos de um lado e um único ponto do outro lado. Nossa primeira suposição sempre será de que os cinco pontos mais próximos uns dos outros são, de fato, um grupo.

Agrupar determinados elementos em uma composição também pode te ajudar a transmitir outras mensagens. Por exemplo, colocar elementos em determinados locais em um mapa pode passar ao público uma compreensão da distância, seja próxima ou distante. Claro, isso também depende do tamanho e da escala do mapa.

Agrupar ou posicionar determinados elementos muito próximos uns dos outros também pode te ajudar a criar mensagens subliminares ou indicativas de uma mensagem implícita. Por exemplo, quem nunca viu um design que possui 3 pontos e uma linha posicionados de uma forma que se assemelhem a um rosto feliz?

Dessa forma, você consegue passar uma mensagem muito clara, sem precisar ser tão claro assim. Com uma composição dessas, sua imagem ganha um destaque especial e capta com mais facilidade a atenção dos espectadores. 

Esse é um dos momentos em que o designer tem que explorar ao máximo sua criatividade e seu conhecimento do público alvo, afinal de contas, ele precisa criar algo que seja subjetivo, implícito, mas que ainda assim possa ser facilmente entendido. 

 

7 O espaço negativo cria foco visual

Two side by side illustrations, one of two hands under a heart and the other with two hands and a heart overtop each other.

Da mesma forma como o agrupamento de elementos visuais cria a noção de relação, utilizar o espaço negativo em torno de elementos centrais pode te ajudar a criar um maior foco de atenção para esses elementos e isso facilita a diferenciação entre distintos grupos de elementos. 

O espaço vazio e negativo não só facilita a compreensão das informações pelos leitores, mas também pode te ajudar a criar foco, já que os elementos circundados por espaços negativos significativos se destacam do restante da composição, atraindo assim o foco visual dos espectadores. 

Composições que não contam com um amplo espaço negativo podem fazer com que o design tenha um aspecto confuso, abarrotado e caótico. Em outras palavras, quando se trata da quantidade de elementos visuais em um design, podemos dizer que menos é mais. 

Mas é claro que isso varia de design para design e é preciso levar sempre em consideração o estilo de design que está sendo aplicado e o objetivo central daquele design. 

Designers experientes podem até utilizar o espaço negativo para sugerir uma mensagem visual adicional. Basta pensar na "seta" implícita no centro do famoso logotipo da FedEx, ou o design da Coca-Cola, acima.

 

8 Alinhamento dos elementos ajuda no direcionamento do campo de visão

Two illustrations side by side, before and after proper alignment of objects.

O alinhamento dos elementos numa composição gráfica faz parte da arquitetura de informação aplicada a um determinado design. É o alinhamento dos elementos visuais que determina que os elementos não sejam, ou sejam, dispostos aleatoriamente dentro da composição. 

Por exemplo, se pensarmos em uma página com alta carga textual, vamos nos lembrar de que os elementos textuais sempre estão alinhados em uma margem à esquerda da página.

Muitos designs visuais são centralizados ou justificados, o que significa que eles estão espaçados em uma página para que compartilhem as margens da esquerda e da direita. Se as palavras fossem espalhadas aleatoriamente por uma página em todas as direções, elas criariam um cenário bastante confuso e isso tornaria o processo de compreensão daquele conteúdo em um verdadeiro caos.

Nos designs que utilizam o padrão de escaneabilidade F, os objetos são geralmente alinhados à esquerda, enquanto os designs que utilizam os padrões Z geralmente empregam uma combinação de alinhamentos que dispõe os elementos entre os eixos esquerdo, central e direito da página, como nesse anúncio que podemos ver aqui em cima.

Projetos visuais mais simples são mais frequentemente alinhados no centro da composição, um formato que proporciona equilíbrio e harmonia, e também é esteticamente agradável.

A maioria dos leitores ocidentais está acostumada a ler da esquerda para a direita e, portanto, os designs com altas cargas de texto são geralmente alinhados na margem esquerda da página. 

Os designs que optam por alinhamentos à direita são frequentemente empregados para fornecer equilíbrio a um design geral que pode ser visualmente mais pesado no lado esquerdo. Da mesma forma, alinhamentos à esquerda podem oferecer o mesmo efeito no cenário inverso.

 

9 Grupos ímpares criam foco

A side by side illustration of five objects being rearranged to emphasize one in the middle.

A regra dos ímpares permite que os designers coloquem foco em imagens específicas ao posicionar esses elementos no centro de um grupo. Ao colocar um número par de objetos ao lado de um elemento, que se pretende ser o elemento central do design, você consegue trazer o foco visual para esse elemento.

Por exemplo, elaborar uma composição que apresente um grupo com um ou três elementos é mais visualmente agradável do que criar uma composição com 2 ou 4 elementos, por exemplo. 

Ou seja, os grupos que consistem em um número ímpar de objetos são quase sempre considerados mais interessantes e esteticamente mais agradáveis do que grupos pares. Por quê? As pessoas se sentem mais confortáveis com o equilíbrio gerado nas composições de elementos ímpares. 

Isso acontece porque ao se trabalhar com elementos visuais ímpares, você sempre terá um elemento visual de foco, posicionado no centro da composição, e um número equilibrado (par) de elementos vizinhos. Esse equilíbrio é mais agradável, visualmente falando. 

 

10 A repetição de elementos tem o poder de unificar uma composição

A side by side illustration of a landscape, with one more repetitive and symmetric than the other.

Assim como a utilização do contraste pode enfatizar e trazer atenção para determinados elementos dentro do seu design, a repetição de elementos pode te ajudar a criar uma noção de unidade, o que aumenta a compreensão e o reconhecimento do design. 

Para entender isso, basta pensar na maioria dos textos publicados. Os designs das páginas são organizados de tal forma que o corpo do texto é sempre composto por uma única fonte, enquanto os cabeçalhos dos capítulos utilizam outra fonte e as notas de rodapé usam uma terceira fonte. E todos esses elementos são consistentes ao longo de toda a publicação. Esta repetição de estilo cria um trabalho coeso, reconhecido como um todo.

Para se criar um design unificado, tente repetir algum elemento, seja uma fonte, uma cor, uma forma ou o tamanho de algum elemento durante toda a sua composição. Estilos consistentes ajudam a definir claramente a hierarquia visual de qualquer design.

A repetição também pode dar um novo significado aos elementos da sua composição. Com que frequência o texto sublinhado de azul se destaca numa página? O suficiente para que as pessoas compreendam instantaneamente que qual marcação é um hiperlink, certo? 

Repetir este estilo em um design diz ao seu público onde clicar para obter mais informações. E aqui fica um questionamento para você, quais são os outros elementos que podem ser repetidos no seu design para se criar um sentido adicional? Ou uma mensagem adicional? 

 

11 As linhas sugerem movimento

A side by side illustration with one consisting of dots all around the image and the other using lines to make a focal point.

O movimento é uma das formas mais eficientes de se atrair a atenção dos espectadores, especialmente quando você está trabalhando com um design estático. As linhas são eficientes para apontar e direcionar a atenção dos espectadores para elementos de destaque de um design. Podemos entender isso claramente quando pensamos em uma seta, mas elas não precisam aparecer fisicamente na página para fazer esse truque de mágica.

As linhas principais podem ser implícitas através do uso de elementos que se repetem numa composição. Pense em uma linha de pontos, na proximidade de objetos ou formas, ou até mesmo na relação do espaço positivo e negativo em relação aos elementos visuais de uma composição.

Por exemplo, se inclinarmos um objeto para cima ou para baixo, podem ser criadas linhas que sugerem voo ou um movimento descendente. Esses elementos, muito sutis, criam a noção de movimento num design.

 

12 Os grids contribuem na organização de um design

A side by side illustration showcasing the best way to snap objects to a grid.

A utilização dos grids no processo de criação de uma composição é um elemento que dá muito o que falar. Diversos designers dispensam a utilização dos grids, enquanto outros designer afirmam que é impossível criar um design bem equilibrado sem utilizar os grids. 

E a verdade é que esse ponto é muito subjetivo e varia de acordo com as preferências dos designers. Mas não existem dúvidas que os grids podem ajudar, e muito, principalmente os designers iniciantes, a criar composições mais harmônicas e equilibradas. 

O grid mais comumente utilizado é a composição modular clássica de linhas horizontais e verticais que formam 9 quadrados, ou seções, no campo de composição dos designs. 

Artistas, fotógrafos e designers gráficos empregam a regra dos terços para melhorar o equilíbrio geral de suas composições. A regra envolve dividir mentalmente uma composição em uma grade composta de duas linhas horizontais e duas verticais ou nove seções separadas.

A flyer using cross ties to help align items.

Dentro da regra dos terços, os elementos visuais mais importantes são colocados ao longo das linhas, enfatizando os quatro pontos onde as linhas se encontram. Composições que possuem seus elementos principais fora das seções centrais, são geralmente consideradas mais esteticamente agradáveis quando comparadas aos projetos em que o ponto focal principal é colocado no centro do quadro. A regra incentiva o uso de espaço negativo, a aplicação de técnicas de proximidade inteligente entre os elementos e uso eficiente dos alinhamentos.

Não só é mais comum, mas a grade modular é geralmente o design mais legível. Ainda assim, às vezes a melhor maneira de criar ênfase é quebrar as regras.

A regra dos terços não é só a mais comum de todas as utilizações dos grids, mas ela também é umas das mais fáceis de ser aplicada e proporciona uma melhor legibilidade do design. Mas como tudo na vida, existem momentos em que quebrar esta regra é o melhor caminho para se chamar a atenção para um determinado elemento da composição.

 

Designs com grids alternativos

Podemos notar que neste design aqui em cima, ao invés de usar o grid clássico, os designers optaram por uma composição direcionada diagonalmente para garantir que sua criação se destaque e chame mais a atenção dos espectadores. Também podemos perceber que a utilização do grid em diagonal criou um belo efeito de movimento no design.

 

Destruindo o grid

A flyer with design elements and text all over the place.

Alguns designers optam por quebrar a grid inteiramente, colocando aleatoriamente elementos visuais na composição para criar um efeito mais moderno e chamar mais a atenção dos espectadores.

Mas não pense que os elementos aleatórios deste design são de fato aleatórios, nada em um design de alta qualidade é aleatório. 

Abandonar completamente a utilização dos grids e sair soltando seus elementos visuais na tela não vai simplesmente significar que você acabou de criar uma obra-prima, muito pelo contrário. 

Quando optamos por posicionar "aleatoriamente" os elementos visuais em uma composição, temos que entender que é preciso considerar a posição de cada um dos elementos e como eles se relacionam com outros elementos da composição, assim como com o espaço negativos e com diversos outros aspectos técnicos do design. 

Ou seja, pode até parecer que a criação de designs "aleatórios" é mais simples, mas a realidade é que esses designs demandam uma atenção muito maior e precisam ser minuciosamente pensados para que possam ter um bom equilíbrio visual e uma boa harmonia entre os elementos da composição. 

Os princípios de hierarquia visual são algumas das estratégias mais eficientes para se destacar elementos de um design e tornar suas mensagens visuais mais claras e objetivas.

O trabalho de um designer é escolher sabiamente quais são os princípios que ele precisa adotar durante a composição de um design. Quando essas decisões não são bem pensadas ou compreendidas, o designer pode acabar correndo o risco de criar uma composição confusa, onde nada se destaca e nenhuma mensagem é compreendida. 

Se você ainda se sente inseguro sobre a eficiência da hierarquia visual que está usando nos seus designs, o melhor caminho a se tomar é testar, testar e testar mais um pouquinho! 

Para compreender melhor como suas técnicas de hierarquia visual estão funcionando, faça o seguinte teste: Olhe atentamente para o seu design, ou para a sua página, e tente perceber se existe algum elemento que está se destacando ou se tudo parece um grande borrão, cheio de informações emaranhadas e confusas. 

Se você notar que logo de cara, um elemento está se destacando, então isso significa que você está no caminho certo. Mas se nada se pular da tela em direção aos seus olhos e tudo parecer mais do mesmo, talvez você precise dar uma revisada no seu design e tentar aplicar alguns dos princípios que nós te ensinamos aqui neste post. 

Outra dica legal é fazer o teste de desfoque. Para fazer isso, tire uma captura de tela do seu design, abra ele no Photoshop e aplique o filtro Desfoque Gaussiano.

Se o elemento principal do design, aquele que será destacado pelo filtro, for elemento (s) que você planejou como elemento principal, então é sinal de que a sua hierarquia visual é eficiente.

 

Infográfico sobre os princípios de hierarquia visual

Nós sabemos que este post foi grande, que nós te apresentamos muitas informações e que é realmente muito difícil memorizar tudo isso, mas essas informações são muito importantes e você precisa ter elas na ponta da língua. 

Então, vamos facilitar ainda mais sua vida! E foi pensando nisso que decidimos sintetizar as informações deste post em um super infográfico que você pode salvar, imprimir e até mesmo compartilhar nas suas redes sociais ou adicionar diretamente em seu site! 

Se liga:

An infographic showcasing 12 visual hierarchy principles.
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Adicione este infográfico em seu site com este código:
<script src="//my.visme.co/visme.js"></script><div class="visme_d" data-url="ep88eydm-12-visual-hierarchy-principles-every-non-designer-needs-to-know" data-w="800" data-h="6404"></div><p style="font-family: Arial; font-size: 10px; color: #333333" >Created using <a href="http://www.visme.co/make-infographics" target="_blank" style="color: #30a0ea"><strong>Visme</strong></a>. An easy-to-use Infographic Maker.</p>


 

Agora chegou a sua vez de criar designs de alta qualidade!

Eaí, qual desses princípios de hierarquia visual você costuma usar nos seus projetos? E qual delas você vai passar a usar a partir de hoje? 

Bom, independentemente de quais são os seus princípios de hierarquia visual favoritos, saiba que com a Visme, você pode aplicar todos eles e ainda pode contar com a ajuda de mais de uma dezena de ferramentas e soluções de design profissionais desenvolvidas para facilitar e agilizar seu processo criativo. 

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Escrito por Samantha Lile

Samantha Lile is a web content creator with a journalism and mass media degree from Missouri State University. She contributes news and feature articles to various web publications, such as the Huffington Post. Currently, she resides in the beautiful Ozarks with her husband, four dogs and two cats.

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